quarta-feira, 31 de março de 2010

Entrevista Para a Revista Glass



Glass: Conte-nos um pouco de sua infância.

Ana Angélica: Tenho lembranças boas e ruins da infância. Prefiro relembrar só as melhores. Adorava brincar na rua, subir em árvores, jogar bola... e gostava muito de estudar, especialmente de escrever.

Glass:Desde pequena já sonhava em trabalhar na televisão?
Ana Angélica: Sim, mas não sabia se côo atriz ou jornalista. Desde os meus 10 anos, por exemplo, quando aprendi a cozinhar, fazia de conta que eu tinha um programa de culinária e ficava ensinando as receitas. Na escola, em toda oportunidade que surgia, juntava um grupinho e criava e encenava peças teatrais.

Glass: Como você começou na televisão?
Ana Angélica: Em Uberlândia, aos 16 anos, me inscrevi para participar de um programa num canal local à cabo. Fui sorteada logo de cara e a diretora do canal na época, a Kátia Lenza, disse ter se impressionado comigo e me convidou a apresentar o programa. Nessa época, eu trabalhava numa rádio comunitária e não tinha salário, então foi muito emocionante, um divisor de águas na minha carreira.

Glass: Como foi seu começo na TV Paranaíba?
Ana Angélica: Eu estava recém-formada, fazia comerciais para um supermercado e estava pensando em viajar para o exterior. O Rogério Silva e o Júlio Prado tinham acabado de assumir a direção de jornalismo da emissora, me viram no comercial e entraram em contato.

Glass: Porque você saiu da TV Paranaíba? Ficou alguma mágoa?
Ana Angélica: Trabalhei um ano e meio na TV Paranaíba e cresci muito como profissional e como pessoa, com os amigos que conquistei lá dentro. Saí porque senti a necessidade de alçar vôos mais altos.

Glass: Como surgiu a oportunidade de participar do Big Brother Brasil 10?
Ana Angélica: Quando sai da TV Paranaíba, comecei a espalhar currículos pelo país; devo ter caminhado uns duzentos currículos e portfólios, e uma dessas tentativas foi o BBB. Me inscrevi como outras 400 mil pessoas se inscreveram, preenchendo o formulário e mandando o vídeo, que inclusive já disponibilizei no youtube: “MORANGO Inscrição BBB 10”.

Glass: Você sempre sonhou em entrar na casa do BBB?
Ana Angélica: Sempre achei que entrar no BBB mudaria minha vida completamente. E mudou.

Glass: No primeiro dia dentro da casa você já teve uma discussão com a Lia. O que levou a isso?
Ana Angélica: Não foi uma discussão, foi uma conversa séria.

Glass: Outro assunto bastante comentado foi seu porre dentro da casa. Você acha que essa situação prejudicou você?
Ana Angélica: Acho que não. Me diverti muuuuito nessa festa e, pelo que já ouvi das pessoas aqui fora, elas também.

Glass: Não podemos deixar de comentar sobre a Cacau. O que realmente ela despertou em você?
Ana Angélica: Um carinho enorme.

Glass: Se pudesse ficar com alguém dentro da casa quem ficaria (Não vale a Cacau). Fale um homem e uma mulher.
Ana Angélica: Um homem? Não dá! Mulher, a Lia.

Glass: Como era sua relação com os outros integrantes dos coloridos?
Ana Angélica: Éramos próximos, mais não tanto quanto eu era da Cacau.

Glass: Você acha que a divisão da casa em grupos foi uma forma de preconceito?
Ana Angélica: Acho que não. As divisões lá dentro, seja de tribos ou de casas, são para motivar conflitos entre os participantes.

Glass: Com foi a experiência do quarto branco?
Ana Angélica: Me senti num experimento científico, em teste o tempo todo, mas achei bom, me diverti bastante lá.

Glass: Você acredita que ter falado da sua sexualidade no programa ajudou as pessoas a quebrarem um pouco o preconceito?
Ana Angélica: Acho que sim.


Glass: Já sofreu algum preconceito por sua opção sexual?
Ana Angélica: Nada que tenha me incomodado a ponto de me marcar.

Glass: Você está com o projeto de lançar um livro. Fale um pouco dele.
Ana Angélica: Escrevo contos a cinco anos e sempre tive o sonho de publicá-los. Isso vai acontecer em breve, dentro de algumas semanas.

Glass: E os próximos planos, quer seguir apresentando, atuando, já tem alguma proposta em mente? Já surgiram convites na Rede Globo?
Ana Angélica: Tenho um contrato de seis meses com a globo que me limita um pouco durante esse tempo; mas já recebi algumas propostas bem interessantes. Tenho que me manter um pouco de sigilo, mas o que eu posso afirmar e que não vou ficar longe da telinha.

Glass: Para encerrar, deixe uma mensagem para as pessoas que torceram por você, e uma para os preconceituosos.
Ana Angélica: Para as pessoas que torceram por mim, o meu muito obrigada! Acho que a gente so torce por quem a gente se identifica, e é muito bom saber que há tantas pessoas com os mesmos valores, como o respeito, amizade e a simplicidade. Para quem tem algum tipo de preconceito, seja de sexualidade, cor, religião, enfim, que permitam-se conhecer melhor a pessoa, o ser humano, para depois julgá-lo por este ou aquele detalhe.

(Trecho da entrevista da revista Glass-Março 2010)
 


Confira o ensaio que Morango fez pra REvista Glass AQUI

Nenhum comentário: